Os três meses que se seguiram foram um tanto caoticos. As aulas eram normais. Os dormitórios que começaram como uma sala e alguns cobertores já tinham sido equipados com armários e beliches. Mas o resto, estava... Detestável. Os professores nunca podiam conversar com os alunos. Nem se quer os alunos podiam se comunicar entre si. Apenas na troca de sala e na hora de dormir.
E nem um tipo de manifestação religiosa seria permitida. Alguns poucos que tentaram, bem não se teve mais noticia deles.
Uma ou outra vez os irmãos podiam topar com os outros, no ginásio as vezes, mas se falassem com eles você se dava mal.
Não se sabia o porque de tudo aquilo... Mas se tinha um palpite: Lavagem cerebral.
Então, lá estavam elas: Marina, Amanda e Carolina. Três meninas tão diferentes prezas por um laço de amizade mais forte. Essa era aparte boa de ser preza. A parte ruim eram os muros altos com cerca eléctrica e os guardas armados que rondavam fora dos prédios.
Tudo isso por causa de alunos? Sim... Pessoas raivosas fazem mais do que um simples muro poderia separar.
O grande problema era que os alunos pequenos tinham falta de sua família, os grandes sentiam falta de suas casas e suas roupas... Mas um grupo de alunos, um pequeno grupo de alunos realmente não estava chateada com o mundo lá fora... Mas o que fizeram ali dentro. Não podiam destruído tudo assim... Até a árvore dos alunos, três gerações de alunos cuidaram daquela árvore tão linda... E ela não estava lá. Simplesmente não estava lá. Estavam revoltadas as três. Mas Mandy foi sempre muito pacifica, e Mah sempre muito racional. Já a Carol, ela não. Ela não tinha juízo. Ela queria agir, queria brigar. Ela queria uma revolução. Ela e seu grande amigo Heitor.
Heitor era um rapazote baixo, com sardas laranjas e cabelos ruivos olhos azuis quase cegos. Ele tal como Carol tinha o juízo deturpado. Sempre queria subir no galho mais fácil de quebrar, e se metia em briga muito facilmente, até mesmo quando o oponente era mais alto e forte e protegido. Ele era um escuteiro cheio de cartas na manga e sorrisos no rosto.
E eles planejaram sozinhos, uma fuga. Heitor conhecia o colégio muito bem, e sabia que eles não tinham cercado as margens do rio Belém. O difícil seria chegar até lá. Eles dariam um jeito.
Então em uma noite muito escura e fria eles decidiram colocar sua fuga em ação. Eles evacuariam os dormitórios das crianças menores, que eram as vitimas do governo, além de serem indefesas.
Foram sorrateiramente até lá, se esquivando pelas grandes árvores do bosque, se arranhando nas grimpas enormes que caíram dos pinheiros.
Eles tiveram a ajuda de dois meninos da quarta serie o Felipe e o Augusto Felipe. Que eram os irmãos mais novos de seus amigos Augusto e Felipe Augusto. Entraram lá, e foram o mais profissionais possíveis. Estava tudo correndo como o planejado. Até que Algusto Felipe notou pela falta de um dos aluninhos. "oh não!" exclamou Felipe "ele vai nos entregar". Heitor foi muito mais rápido do que a consiencia de qualquer pessoa ali presente, pegou a menina mais nova e meio alejada da turma no colo e gritou " Vamos rápido então!" e correu mais rápido do que suas pernas permitiam. O grupo de crianças foi seguindo ele como um rebanho de ovelhas que entrou em debandada. Carol ficou na retaguarda e quando estava prestes a sair do predio foi agarrada, por duas pessoas que ela não conseguia ver o rosto. Se despedio do grupo vendo eles desaparecerem na bruma da noite com fundo abafado de tiros. Foi levada para dentro do dormitório novamente. Ela foi amarrada e jogada no chão, e apenas um feixe de luz iluminava a sala. Ela estava bem no centro da clareira, e ela escutava passos vindo do breu.
" Canalha maldito, patife imbecil!" ela praguejava. " Ora mas que menina mais irritada" ela escutou uma voz masculina. " Que tipo de gente vil deixa crianças trancafiadas sem a permissão dos pais?" ela sacudiu a cabeça " E fuzila elas ainda por cima, pelo amor de Deus!!" Ela escutou um ruído de gaveta abrindo " Alguém que é bem pago". Ela se irritou esperneou e murmurou algo em espanhol " Seu desgraçado, eu te mato!! Como é possível que alguém apoie uma causa tão idiota??" ela escutou um barulho de arma sendo carregada " Quer me matar? Tente." ela manteve a postura e rosnou " Vamos lá atire seu canalha, eu devolvo o chumbo a cuspida" Mas então alguém abriu a porta e a luminosidade entrou na sala. E amordaçadas e também, amarradas, Marina e Amanda foram depositadas ao seu lado. Amanda estava com os olhos lacremejados e uma expressão de pânico. Marina estava com uma cara confusa, e tinha uma marca de tapa no rosto. " Vai ter chumbo para as três?" A voz disse irónica. " Não! Não, por favor não atire, não nelas! Ei cara você é italiano não é? Não era para você gostar de católicos??" Ela se embaraçou. Ela preferia morrer deis vezes do que ver elas amarradas ali. E por sua causa: MEU DEUS DO CÉU elas estavam ali por sua causa. " Vocês cometeram um erro, elas não tem nada a ver com isso solte-as!!" mais passos se manifestavam nas sombras, e saído dela um homem alto de ombros largos, cabelos castanhos olhos verdes, barba por fazer, usando um terno risca-de-giz, sapatos pretos e lustrosos e um chapéu combinando com o terno virado de lado disse com a voz conhecida " é claro que não são" E voltou a fumar seu charuto.
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