quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Feliz ano novo

Enquanto eu dava voltas no sistema solar
Me achei e me perdi novamente
Vi o céu pegar fogo, vi de longe secar o mar 
Vi a lua nascer com o sol poente
Vi estrela brilhando, vi estrela apagar
Outro ano passou e eu simplesmente
Dei a volta no sol parei no mesmo lugar



quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Aqui ta tão quentinho...

Dont wanna get out of the bed today
Its warm in here, and outside there is rain
If i try to get up, i know it will be in vain
Its warm in here, guess i will stay

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Sopa de letrinhas

Jogo as letras para o alto
Tantas letras que me bato
Umas caem, outras cato

Possessivo, ciumento
Antes elas no cimento
que em um verso barato



(Eu e minha vó, esse ano)



segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Eu nunca fui

sinto falta de ser bela
aquela que você amou
aquela que já não sou
por onde anda ela?

sinto falta de ser eu
me cortei ao meio
esse reflexo no espelho
já não é mais meu

minha memoria se dilui
você mentiu
eu nunca fui



segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Sad poem by a sad heart

All I ever done was to be true
But I guess you had to leave
And I had to learn how to live
Far far away from you

Why is it, every time
I give my heart away
People leave me someday
And break the heart of mine?

No one wants to be by my side
I can not easily hide
It makes me afraid
It breaks me from the inside


domingo, 23 de agosto de 2015

Emotivamente


Por favor, seja breve
Não seja emotivo
Se isso lhe serve
Dispenso motivos

Me de sem demora
Argumentos simplórios
Não me olhe nos olhos
Porque eu vou chorar
(Oona, a rainha das fadinhas, by me)

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Hoje




Eu estava lá sentindo pena de mim mesma. Me peguei parada no ponto de ônibus em  pleno inverno curitibano. Não, não era um tubo, era um ponto aberto na Amintas de Barros. Eram seis da tarde, noite né, porque já estava escuro. 
Eu estava com febre, devido a uma infecção urinária. Eu faltei a aula de manha, e estava me sentindo uma porcaria.O dia no estagio foi meio bosta, descobri que estava escrevendo um arquivamento faziam três dias quando na verdade só precisava ter feito um contato, um pessoal que eu tinha que contatar não atendeu o telefone, uma velinha falou mal dos serviços prestados pela Promotoria de Justiça que eu trabalho.
Ninguém podia me dar uma caroninha pra casa, ninguém. Nem meu pai, nem minha mãe, nem meu namorado, amigas... Ninguém. Não que eu tenha perguntado, sabia que todo mundo estava ocupado. Estava lá no ponto, só pensando em merda. Com saudades de gente que não merece, me martirizando por coisas que eu nunca fiz, pensando mal de quem me quer bem. Pensando em todas as pessoas que eu queria ver, mas só converso por celular. Pensando em coisas que eu deveria ter feito.
Eu sabia que não havia nada de errado com tudo que estava acontecendo comigo, era um dia normal, que nem estava tão ruim assim na verdade. A auto-piedade é como uma camada de sebo que fica em volta da gente nos protegendo da realidade, e quando e falo realidade incluo a nós mesmos. Essa camadinha escrota de sebo é um ranço que fica ali poluindo nosso dia-dia, dando um ar enjoativo a todos os nossos momentos que não deveriam ser tão bosta. Quantos momentos legais eu já não perdi escapulindo da vida "protegida" por essa camadinha de sebo? Me sinto como um sabonete que toda vez que a vida aperta pula por entre seus dedos, furtivo. La dentro daquele cazulinho de auto-piedade está uma carol-lagarta, que sabe que aquele ranço foi gerada por mim mesma, de forma consciente e que ao mesmo tempo que eu quero me livrar dele, estou dentro da minha zona sebosa de conforto. Tipo uma placenta.
Será que um dia eu vou sair daqui? Deixar de ser um feto, virar uma borboleta? Como que faz pra limpar essa camada de auto-piedade aqui dentro e ao mesmo tempo fora de mim?
O ônibus chegou e eu fui para casa. Mas fiquei no aguardo.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Senta lá

Não é todo dia que se é eu
nada pode me atingir hoje
se a bad bateu
eu pisco, ela foge

eu estou errada, certa
mas ta tudo tranquilo
eu posso estar na merda
mas mantenho meu estilo

(eu em 2005)

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Selkie

navegando mar a dentro
empurrado pelo vento
para águas perigosas
para rochas pontiagudas

escuto um canto triste
o mais triste que existe
Vejo olhos de ressaca
meu  barco quase atraca

pelas ondas arrastado
sou jogado ao seu lado
eu me vejo rastejando
ao seus pés, apaixonado
mas quando pergunto seu nome
ela vira de costas e some
sem se quer abrir a boca
mergulhando como uma foca

(imagem de toerning)

terça-feira, 12 de maio de 2015

Professor

Só sabe escrever o nome
O menino com fome.
Ele vivia de esmola
agora vai pra escola
mas só pela merenda
e pra dar fonte de renda
para a mãe e para o irmão
Só quer contar feijão
E eu, por sua educação
Faço das tripas coração

(Meu eterno professor, Jerson Darif)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Homenagem

Por que eu sou losna mas sou legal.



Entendedores entenderão.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Novidades

Bom dia queridos leitores! Faz quase um mês que não publico nada, deve ser por que não tem graça publicar sem ser um motivo para procrastinar meus estudos... Mas em fim, estou voltando com uma novidade. O Tortinha Unclebarry terá uma nova etiqueta alem das clássicas "noticia amanhecida", "rabiscos", "videos", "mundo estranho em que vivemos" e é claro, "dando uma de poeta".
Estou inaugurando a mais nova etiqueta, que se chama "projetos prováveis". O próprio nome ainda é um projeto em desenvolvimento.
A palavra projeto vem da palavra latina projectum do verbo em latim proicere, "antes de uma ação", que por sua vez vem de "pró", que denota precedência, algo que vem antes de qualquer outra coisa no tempo (em paralelo com o grego πρό) e iacere, "fazer". Portanto, a palavra "projeto", na verdade, significava originalmente "antes de uma ação".
Quando o idioma Português inicialmente adotou a palavra, ela se referia a um plano de alguma coisa, não o ato de realmente levar esse plano a concretização. Algo realizado de acordo com um projeto tornou-se conhecido como um "objetivo".
Logo, a etiqueta "Projetos Prováveis" parece uma boa opção de nome, por que carrega uma dupla incerteza. A primeira incerteza será a concretização desse projeto, por menor que seja. E a segunda é referente a própria elaboração do projeto em si, que periga acabar como uma ideia pela metade. "Ideia pela metade" também seria um bom titulo... Ainda que esses projetos, pelo ao menos para mim, sejam muito mais do que uma mera ideia.
Como tudo no tortinha unclebarry, esses projetos são algo muito intimo e especial para mim, que eu coloco a disposição de quem eu gosto, mas sobre tudo tenho como uma forma de externar algo meu, para que eu mesma veja com olhos de observador. "Projetos Prováveis" tem como objetivo principal me incentivar a concretizar esses meus mil projetos sempre em formação. Esse ano eu farei vinte anos, e pretendo realizar meu primeiro projeto, que por enquanto manterei em segredo. Enquanto isso fiquem a vontade para ler meus outros pré-projetos, divirtam-se, inspirem-se e miajudem, por que um homem não faz nada sozinho e muito menos uma Carol.
Deixarei o nome em votação, ainda que ela não vá decidir com certeza o nome da etiqueta. Se tiverem ideias melhores, por favor, compartilhem comigo!
Obrigada pessoal! Até a próxima.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Falsa

Ela tem um grito
Entalado na garganta
Agudo como apito
Mas não grita, canta

(foto da modelo russa Nastya Zhidkova... Não é photoshop, ela é albina mesmo)

terça-feira, 10 de março de 2015

Poesia em forma de rabisco


"Antes que me chamem de egoísta, darei uma explicação básica aqui. 
Para ser feliz é preciso se desapegar da ilusão que tudo que há de errado na vida é culpa das outras pessoas. Você não é obrigado a qualquer coisa por alguém além de si mesmo. Então, se quiser meu conselho, faça tudo por querer. Faça tudo por amor."

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Pareja

Yo no soy una pájara
para usted atrapar
Yo no voy cantar
en su pequenã caja

Yo no soy una mariposa
para que pongas un alfiler
en mis alas, me va a doler
y no voy  ser capaz de volar




terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

um oceano no fim do caminho

Grito as ondas o meu apelo
me calo diante deste azul tão belo
tudo nessa vida é tão pequeno
se comparado ao oceano

E eu que sou tão fraca
Sucumbo em um mergulho
submergindo meu orgulho
Como uma baleia-franca