quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

10- Você não acreditaria

Ela olhou pra trás. Perguntou-me “Você não vai pegar seu casaco?” eu demorei um pouco para entender o que ela estava falando. “Ah, sim, o casaco...” Pensei mais um pouco. Eu podia deixar ele ali. Mas era uma das únicas coisas que eu possuía no mundo, e se fizesse falta eu não saberia como repor. Me libertei de seu abraço por alguns estantes, correi até meu casaco, e amarrei-o encharcado na minha cintura.

Seguimos andando pelas ruas molhadas, com a calçada escorregadia. Toda vez que ela pisava em falso, ou parecia que ia tropeçar, eu a segurava firme, com cuidado para não apertá-la mais não por isso, menos desesperadamente.

Cada passo que eu dava era uma alegria. Cada passo que eu dava, era um passo a mais na minha vida, ao mesmo tempo, que era um passo a menos em sua presença. O que antes era um passo em potencial tornava-se passado, um passado que não voltaria em uma vida finita, em que eu não poderia simplesmente andar para sempre abraçado com ela.

Sentia que o fim estava próximo... Que faria eu quando chegasse? Isso é, se eu deixasse que chegasse. Como já disse, estava decidido a não deixar ela escapar novamente. Pois eu me sentia o homem mais feliz do mundo perto dela. Eu me sentia verdadeiramente um homem.

Os postes de ferro (tão charmosos) se acenderam. Já deviam ser sete horas. Ela parou na frente de uma casa. “a casa da minha avó já é aqui!” Era agora. Se eu não tomasse a iniciativa ninguém mais o faria. Estava ciente de meus deveres. Puxei-a para mim, e com toda a delicadeza depositei um beijo em seus lábios vermelhos.

Eu podia escrever paginas e paginas sobre aquele beijo que ela cedeu sem resistência. Aquele beijo que podia ter durado para sempre e ainda mais. Podia escrever paginas sobre os dedos delicados que se prenderam no meu cabelo, podia escrever um livro inteiro só sobre as gotas que passavam do meu rosto para o dela.

Mas prefiro passar direto para quando o beijo cessou o que foi uma infelicidade, mas as palavras que derem espaço para ele geraram uma enorme felicidade. “acho melhor agente ir para o seu apartamento agora...”

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Não preciso nem dizer quem é quem

15 minutos muito bem desperdiçados




sábado, 19 de novembro de 2011

9- Ninguem vai ler mesmo...

Ela ia tomando a dianteira, e eu gostava de ver como ela andava, com um pé exatamente na frente do outro. Mas decidi que preferia poder olhar para seu rosto. Adiantei-me para seu lado. Na distancia de um passo entre eu e ela, eu pude escutar os dentes dela batendo. “ Você está com frio!” eu me indignei. Como eu pude deixar? Deixar que seus lindos lábios vermelhos ficassem roxos? Que seu narizinho levemente arrebitado ficasse vermelho? Era lindo, mas era o cumulo! Comecei a tirar o casaco “Tem certeza que não quer meu casaco?” “Sim” ela respondeu com a voz começando a ficar fanha. Era como se ela dissesse sim, mas eu escutasse não. Ela começou a apressar o passo, e eu fui apressando junto dela. Ela espirrou “ Desculpe” Ela disse cobrindo a boca com a mão. Parei de andar de repente, tirei o casaco e dei para ela, mais ela se recusava a por, eu não ia tentar colocar a força, mais eu estava começando a ficar desesperado. “Por favor” Eu pedi “Não agüento olhar você assim. Se acontecer algo com você eu sou capas de...” Não terminei. Enfiei meu casaco sob os ombros dela aproveitando que ela estava parada, e ainda por cima tirei meu ridículo casaco de lã, que fazia com que eu me sentisse deis vezes mais maltrapilho do que sou. Joguei-o no chão. Já estava encharcado mesmo.

Ela estava olhando para mim. Olhando diretamente nos meus olhos. Atenta. Tão perfeita. Tão perfeita. “Eu te amo” declarei “Ardentemente.”. Se eu tivesse tido tempo de pensar no que tinha acabado de fazer, eu teria me jogado de um precipício. Não faço a menor idéia do que esperava que fosse acontecer, mas com certeza a última coisa que eu esperava foi o que aconteceu a seguir. Ela pegou na minha mão, me puxou para de baixo do meu casaco “Nós podemos dividir” disse ela “ele é grande o suficiente ara nos dois.” E abraçou minha cintura. Aquilo era uma resposta? Era um sim? Um não?

Aquilo era tudo. Excedia meus melhores sonhos, minhas maiores expectativas. Estávamos nos aquecendo, em uma troca de calor mutua. Não preciso nem dizer que eu estava tenso. Muito tenso. Mas era uma tensão boa, eu estava feliz. Deveria estar de outra forma?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Badala irlandesa

Eles fazem gentilezas
Com sorrisos piscadelas
Como se fossemos princesas
E depois como cadelas
E a culpa é de quem?

Te abraçam o tempo tempo
como se você fosse a melhor de cem
Mas mudam com o vento
e nunca mais aparecem
Será que tem mais alguém?

Os homens são todos uns vagabundos
Acredite em mim quando eu te digo!
Ele finge que é seu melhor amigo
Mas vira outra coisa em 3 segundos!
E o sínico não sabe "o que agente tem"!

E nós ainda nos culpamos!
" O que foi que eu fiz de errado?"
não vemos quando amamos,
o erro foi na hora de escolher o lado!
E não vai dar certo com mais ninguém!


Depois de toda a decepção
Raiva, lagrimas em profusão
que agora já nem tem mais razão
O melhor é nem ter um coração
O jeito é viver sem!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Andarilhos

O céu estrelado do deserto era ofuscado por uma enorme fogueira, que se localizava bem ao centro do acampamento, com suas barracas estampadas. As chamas acendiam aos céus e ninguém mais podia ver quando deixavam de ser brasas para tornarem-se fumaça, que circulava em aspirais até as alturas.
E lá em baixo, na terra, o povo dançava e cantava animado. Alguns apenas murmuravam ou cantarolavam baixo, outros porém, cantavam alto e suas vozes ressonavam pelo deserto. Sobre tudo as mulheres que tentavam chamar a atenção de alguém com uma bela voz, e realmente eram muito belas as vozes. Porém "alguém" já tinha os olhos presos em certa moça, que rodopiava sem sessar em volta das chamas (ou deveria dizer, evolta por chamas?). Ele batia palmas, tímido, sem se aproximar.
Conforme a noite seguia, a ressonância de pandeiros e alaúdes, palmas e vozes, já fazia parte da carne de cada um que estava lá, era muito mais do que alegria era como se fosse um êxtase mutuo.
A garota que não parava de dançar, com movimentos ondulantes, as miçangas voavam de um lado para o outro em seus cabelos e nos seus colares. Hipnotizava quem quer que a-visse. Porém, seu feitiço não parecia funcionar com certo moçoilo que, com um sorriso no rosto e os olhos brilhando, continuava parado, observando e gozando da musica.
Ela se aproximou, saltitando e com rodopios e passou a dançar ao seu lado. A luz d a fogueira iluminava seus corpos naquela estrelada noite no deserto.



...

E aê pessoal? Aguem quer me ajudar a teminar a historia?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

8- O limiar entre o real e o imaginário

Ela espichou os olhos para a janela, meio tristonha . “ Bem... Já tenho que ir.” Ela se levantou.Antes que eu pudesse ficar triste Ela exclamou, temerosa “Já está escurecendo!”. Não ia perder uma oportunidade dessas, e o mais importante, saberia que ela ia chegar bem em casa. Segura e confortável. “Se quiser” sugeri me levantando junto “eu posso te acompanhar até perto da sua casa...” me calei por um estante “se você não se incomodar claro.” Ela sorriu e pegou na minha mão quando as portas se abriam. Eu senti congelar, depois, corar. “Seria legal”.

Pela primeira vez, fiquei feliz em ver o ônibus indo embora. Pois desta vez, excepcionalmente, ela estava do meu lado. Que coisa extraordinária! Ela estava do meu lado!

O vento continuava a soprar, e com ele, trazia gotículas de água, em uma chuva rápida e escassa. A rua tinha algumas árvores baixas crescendo na calçada, todas sem folhas, balançavam com o vento. Prédios pequenos, de três ou quatro andares, pintados de cores claras, humildes, porém graciosos. Será que ela morava em um deles?

Olhei para ela; estava de vestido e só tinha uma jaquetinha aquecendo os ombros. Pensar que ela estava com frio, me gelava o corpo todo. Fui instintivo, nem ousei em pensar duas vezes “Você não quer meu casaco?” perguntei. Ela olhou para mim, quase que incrédula “E você vai se aquecer como?” Ela me perguntou. Fiquei sem resposta por um tempo. O que eu deveria responder agora? “Eu não estou com frio.” “ E nem eu.” respondeu ela. Será que era verdade? Ela estava tão mal- agasalhada. Mas eu não deveria insistir. Corria risco de parecer obsessivo, talvez ela fosse pensar que minhas intenções eram outras.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

sábado, 8 de outubro de 2011

7- Literatura Classica

“Então... Quer dizer que você acredita em sorte... Está com o jornal de baixo do braço. Lê o horóscopo?”. Eu virei para o lado, colocando as pernas no corredor. Preparado para ouvir a resposta dela. A voz dela. “Sim, eu leio mesmo. Mais não acredito.” Queria continuar ouvindo “ Eu gosto de ler e imaginar se tem alguém que realmente está passando por um momento ospiciozo na carreira, um inferno astral, sorte no amor...” ela parou de repente “Isso foi meio idiota não foi?”ela perguntou, insegura. Mil respostas na minha cabeça. “Não” “Mesmo?” “Mesmo, mesmo.”

Posso dizer que de horóscopo passamos para mitologia grega, que passamos para filosofia pré socrática, que passamos para antigo Egito, Elizabeth Taylor, pedras preciosas, voltamos para horóscopo, constelações, grandes navegações, descoberta do Brasil, inconfidência mineira, literatura clássica. Tudo. Fascinava-me, tudo que ela falava. Era meiga, bem humorada, criativa. Não posso dizer que nossas opiniões se coincidiam sempre, mais posso dizer que eram muito semelhantes, e quando não, tínhamos uma tolerância muito grande uma para com o outro. Senti meus joelhos tremerem, aquilo era muito bom. Não o tremor nos joelhos, claro, a conversa. Fazia anos que eu não conversava assim com alguém. Aliás, eu nunca avia conversado com alguém assim antes. Estávamos virados um para o outro.Um olhando nos olhos do outro. Nossos joelhos estavam quase se encostando.

Eu já estava muito contente por olhar para ela. Não ia nem tentar contato físico e arruinar todo. Mais me sentia meio tentado a encostar meu pé no dela. A culpa não era minha... Era ela que me atraia como um ímã. Mas me manti firme.Consciente , ou quase, de meus atos.

Ela havia me revelado que não consegue controlar o que fala. A verdade é que perto dela, também não conseguia controlar o que eu falava também. Ela fazia perguntas, tão entusiasmada, sobre a minha vida, os olinhos brilhando e curiosidade. Não conseguia evitar, acabava por contar tudo. Lembro-me bem de como ela o fez, quando saímos de inconfidência mineira para literatura clássica; “ ... Como retratou recentemente Cecília Benevides de Carvalho Meireles” “Sabe o nome dela completo?” perguntei, quase pasmo “sim, eu gosto bastante da narrativa dela. Acho incrível como ela consegue fazer com que sua linguagem se pareça tão arcaica quando ela nasceu nos tempos modernos, o romanceiro até se assemelha com as lusíadas em minha opinião.” Eu não concordava, era claro, mas ao eveis de me aprofundar nesse ponto preferi estender nossa conversa para outro lado “ Tem gente que acha linguagem arcaica algo incomodo Há quem diga que um bom escritor é quem consegue escrever de forma com que todos entendam” “E você partilha dessa opinião?” “Não.” “Nem, eu para mim um escritor é quem sabe escrever boas historias, como Alexandre Dumas, ou Machado de Assis” “Ou Dostoiévski” “Fiódor Dostoiévski! Sim, é um ótimo escritor! Adoro suas historias! Coração Fraco, O Sonho de um Homem Ridículo,O Crocodilo...” “Noites brancas” “Minha favorita! Seguida Os Irmãos Karamazov” “ Eu particularmente, prefiro Os Irmãos Karamazov. Não me agrada nada a idéia daquele pobre homem, não ver Nateska nunca mais. Ela se quer sabia seu nome. Já avia pensado nisso?” “Já avia sim. Mais acho que Noites brancas não é exatamente triste, é uma tristeza bonita. Ao contrario daqueles três pobres irmãos presos aquele pai imbecil que estraga a vida deles, do começo ao fim. É um livro sujo, sabe?” “Sei...” . Parei de pensar por alguns estantes. Ela se parecia muito com Nateska na realidade. Uma menina perfeita que apareceu do nada. “Eu me identifico muito com Aleksiei. Alguém que vive em meio ao caos e não pode fazer nada em relação há isso, apenas tapar as ouvidos e fechar os olhos.” “E quem não se sente assim também?” “Alguém com uma vida muito boa” “É mais fácil encontrar uma agulha em um palheiro que alguém que ache que tem uma vida muito boa.” Medi minhas palavras e revelei, displicente “Eu gosto da minha vida.” “Mais não acha ela muito boa” Sorri, ela sorriu “ Tem razão, não acho. Mas já cheguei a achar, já fiz exatamente o que eu gostaria de fazer pra viver” Novamente os olinhos brilharam de curiosidade. Como poderia eu resistir a aquilo? Segui cotando minha história “ Eu era redator. De uma editora de livros. Já cheguei a traduzir mais de trinta livros. Frances, Italiano, inglês, até mesmo russo! Quando começava a trabalhar, simplesmente não parava, até acabar. Foram noites e noites em claro, vivendo vidas que não eram a minha ” Parei bruscamente, foi ai que eu falei demais. “E o que você faz agora?”ela me perguntou. “Nada”. “Porque?” não cheguei a responder, mas eu vou revelar; Não sei.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Não é de minha autoria, mas é lindo demais

You always hurt the one you love,

The one you shouldn't hurt at all.

You always take the sweetest rose

And crush it until the petals fall.

You always break the kindest heart

With a hasty word you can't recall.

So if i broke your heart last night

It's because i love you most of all.



sexta-feira, 30 de setembro de 2011

El jaguar enamorado por la luna

A la noche, se quisera puede ir
en las águas sumerjida ella se encuentra
lenta e suavemiente como zefir
o nadando ágil como la lontra

Até que certa noche de verano
un fuerte jaguar fué a el rio
solo saciar su sed, pero el la vio
y la luna seguio tomando su baño

Ellos se miravan passionados
pero como se van a encontrarse?
y toda noche frente a lagos
el jaguar la via a banarse

La agua es como millones de espejos
passionado, en el lago el jaguar entro
él quiere ir a correr a su encuentro
mas la bella luna está a muy lejos

las estrellas sentilando en el cielo
como plata brillan en sus ojos
la tristesa que es fria como hielo
los dos siguen muy muy lejos

la luna está se banhando en el rio
com a pele branca como la nieve,
Por un tiempo ainda que breve
presenció bellesa que nunca se vio

Y quado llega la mañana
del jaguar que era vallente
lagrimas goten por su frente
pos la lua se fue, ya no se bana

terça-feira, 27 de setembro de 2011

6- Momentos no onibus

Eu devia ter vergonha de fita-la nos olhos, assim tão descaradamente. Mas ela não parecia se incomodar. Ela voltou para o lugar dela, na janela. Ia olhando despercebida a rua lá fora, quando em um sobressalto ela exclamou “Passei do meu ponto!”. Coitadinha, parecia meio abalada, um tanto confusa. Eu abri a boca para falar. Fechei de novo. Mais então abri novamente. Agente nunca mais se veria, muito provavelmente “Que tal parar no próximo ponto?” Falei o mais educadamente possível. Não queria que ela pensasse que eu a achava burra ou algo do gênero. Ela olhou para baixo, constrangida. “Pois é... É o mais lógico, não?” Ela bateu um calcanhar no outro, fazendo estalar os saltos dos sapatos boneca. “ Pena que eu nunca desci no próximo ponto, quer dizer...” Ela me apontou a janela “olha como é lá fora!” Era uma rua escura, meio suja, mais foi só isso que eu vi nela. “eu não consigo andar lá. Eu espero o ônibus dar mais uma volta, e parar no ponto anterior, quando isso acontece” ela corou e falou baixinho, talvez achando que eu não estava escutando “o que ocorre com certa freqüência”. Eu não gostava de ver ela daquele jeito. Sim, ela ficava linda constrangida, meiga. Era algo bonitinho de se ver. Mais me partia o coração. Ela parecia meio desamparada, e eu tinha uma vontade louca de fazer ela se sentir melhor. Mais o que eu podia fazer?

Pensei seriamente em oferecer meu braço, para descer nesse ponto com ela. Mais ela não ia aceitar a ajuda de um estranho maltrapilho e bizarro que do nada, decidiu socializar com ela. Mais uma coisa eu podia fazer. Podia ficar no ônibus com ela. Talvez não fosse a melhor companhia. Mais não deixava de ser uma. Sem contar, que eu podia ficar olhando para ela, escutando a sua voz. Deixei-me envolver novamente pela mágica que ela exercia. Ela era perfeita. Simples assim.

Para ser sincero, eu fui meio egoísta. Fiquei um tanto feliz por ela ter perdido o ponto. Não queria me separar dela. Não ainda. Não agora.

O silêncio era bom. Permanecemos muito tempo assim. Mas assim como ontem, eu queria falar com ela. Era tão interessante. Tudo era interessante. Deis de o que ela falava até como ela falava. Como os lábios se mexiam, quando e como ela piscava. Meu Deus do céu, tão apaixonado... Tão apaixonado.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Choro e vela

Se você tivesse um lenço
Para deixar aqui comigo
o-teria sempre junto, amigo
do arfante peito, penso

Se tivesse uma rolinha
para me trazer mensagens
Que felicidade a minha
se me dissesse que vens!


Mas não há pomba, não há lenço não há bilhete na porta
Uma sequer palavra para quem te quer e quem te vela
para quem realmente importa
nem choro nem vela
não há tinta para a carta
nem tinteiro nem aquarela

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

zarpando

Essa água tem um gosto
tão salgado quanto o mar
Quão tristonho é o rosto
que as gotinhas vem salgar

sábado, 10 de setembro de 2011

5- Acaba a persaguissão

Vi o ônibus dobrando a esquina. Dei um pulo. Fiz sinal para ele parar, meio tímido. Retrai o braço aliviado, por não ficar mais naquela posição que chamava tanta atenção, e porque o ônibus estava logo ali. Não tinha corrido toda a quadra em alguns segundos em vão.
Catei o dinheiro para o ônibus, o dinheiro que eu tinha ganhado ontem. Dei tudo para a cobradora. Ela me devolveu mais da metade.
Dirigi o olhar para o interior do ônibus procurando-a. Não foi difícil de achar. Logo vi os olhos coloridos que olhavam para mim. Agarrei-me em um banco, quando o ônibus começou a entrar em movimento. Era incrível como ela chamava atenção. Tão discreta. Só os olhos voltados em minha direção. Não era ela, era o ar envolta dela. Como se o sol estivesse sempre vindo por detrás dela.
Sorri. Eu estava feliz. Feliz por vê-la de novo. Tão surreal. Tão real. Eu estava cegamente apaixonado. Respirei fundo. Teria coragem de falar com ela? O que eu deveria falar? A timidez tomava conta de mim.
Sentei-me paralelo a ela, na outra fileira. Abri a boca para falar com ela, as palavras me escapavam. Minha boca estava seca. “Hum...” comecei a falar ela se virou para mim. Tão linda. “ Eu não tive tempo de agradecer por ter pego meu caderno.” Ela continuou olhando para mim, e eu me vi na obrigação de falar mais “Então, obrigado. Muito obrigada mesmo, foi muito...” ela sorriu “...gentil...” ela continuou sorrindo. Tão linda em cada detalhe, ela parecia ainda mais linda do que ontem “... da sua parte...”. Ela riu, tinha uma risada baixa e linda. Só mostrava os dentes de cima quando ria. Ela tinha uma boca de boneca; pequena, com os lábios superiores finos e os de baixo carnudos, avermelhados, que se moviam com graça enquanto ela dizia; “Não foi nada” Ela ainda olhava para mim. “Posso te fazer uma pergunta?”
Agora e me encontrava em uma situação difícil. O que ela queria saber? Eu ia conseguir responder? Será que ela estava se preparando para zombar de mim? O que ela ia querer comigo? Para todos os efeitos, a pergunta dela só tinha uma resposta. “uhum” respondi, positivamente. Ela saiu do banco da janela e veio para o banco do corredor. Agora estávamos a um corredor de ônibus de distancia. Tão perto. Mais tão longe. Piegas eu sei. Mais um dia todos hão de passar por uma situação assim e irão me entender. “porque você publicou o desaparecimento do seu caderno no jornal. Quer dizer, o que tem de tão especial nele?”. Engoli em seco. O que eu devia responder agora? Não tinha nada de útil nele, tirando é claro, o que se relacionava a ela. “Bem...” eu estava tentando inventar alguma coisa quando ela disse “Estou sendo inconveniente? Desculpe...” ela pareceu meio retraída, mais tímida “Não, não, não é isso não. Não...” ela voltou a me ouvir, atenta. “ Quer dizer, você leu ele não leu? Aqui dentro tem...” Os olhos de gato me hipnotizavam. Tinha que me concentrar no que eu estava falando, o mínimo erro e seria adeus. “... Minhas dividas.” Foi o melhor que eu encontrei na hora. Não preciso dizer tudo que me passou na cabeça, respostas melhores, e mais de mil motivos para não ter usado essa desculpa.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

4- não sei o que!

Levantei conformado. Peguei meus pães e fui andando para o escritório em que eu costumo arranjar uns serviços. Comi um dos pães, enquanto ainda estava quentinho. Foi meu almoço.

Andei mais um pouco. Não. Eu não tinha me conformado. Eu queria aquela caderneta. Eu precisava dela. Sim, dela. A luz dos olhos coloridos daquela garota quase me segava. Eu não sabia por onde estava andando. Quase bati na porta do escritório. Um colega meu de infância trabalhava lá. Livrei-o já de alguns problemas quando ainda éramos crianças. E por isso eu podia contar com ele. Só para isso, imagino eu, era uma emergência. Fuji andando muito rápido (só para não dizer correndo) até um certo escritório, algumas quadras dali. Não sabia exatamente sua função, mais algo me dizia eu era de contabilidade.

Controlei-me para não puxar ele pelo colarinho e gritar. Acenei, ele olhou para mim e respondeu com um sinal de cabeça. “ Preciso da sua ajuda” eu falei com a voz meio tremula. Ele olhou para mim por cima da lente dos óculos. Que olhar era aquele? Incredibilidade? Má fé? Em fim, não tinha tempo para isso, o resto da frase veio naturalmente: “Preciso por um anuncio no jornal” ele pareceu meio surpreso “Vai me ajudar?” perguntei sem tentar parecer impaciente, apesar de estar.

Ele me ajudou. Não posso descrever os momentos de angustia que passei. A tarde toda esperando... Fazendo ligações. Forçando “obrigadas” até a voz ficar amarga. Mais finalmente, consegui publicar o seguinte anuncio:

“Procura-se aflitivamente um pobre caderninho azul que tem escrita na capa a palavra “endereços” e dentro está sujo, rabiscado e velho”.

Pequeno, mais não havia mais muito que se falar. Dei o endereço do meu apartamento. E fui buscar um café para o pessoal do escritório na rua de baixo em troca de alguns reais.

Quase não dormi. Até mesmo o dia 13 virou o dia do azar. Até mesmo o 13! Porque me abandonastes? Passei grande parte da noite olhando para o teto, e pensando naquela menina linda. Cada vês mais convencido deque ela fora um sonho.

Dia seguinte, acordei, fui até a pia gotejante e enferrujada do meu banheiro. Abri a torneira e esperei que a água marrom saísse para limpar a cara com a água beje-trasparente-claro. A água era estupidamente gelada, e fez com que eu sentisse dor na ponta dos dedos por algum tempo. Mais não era maior do que a dor que eu sentia por dentro, como um caroço na garganta. Ela não era real?

Já era meio dia quando eu desci para a rua e ventava muito devido mudança de temperatura da hora do almoço. Almoço para os outros. Eu não ia comer. Não tinha fome.

Caminhei, meio desanimado, pelas ruas disformes e movimentadas, gélidas, cinzentas e antipáticas da cidade. Até o ponto de ônibus. Minha barba gelava o rosto, e não era espessa o suficiente para impedir que o vento batesse forte na minha cara. Enfiei as mãos no fundo dos bolsos e abaixei minha cara para dentro do casaco quase.

Escutei uma risada jovial. Eu conhecia aquela voz. Olhei para o lado. Lá estava ela, com sua boina portuguesa amarela, um jornal debaixo do braço e uma caderneta azul na mão. Ela estendeu a caderneta para mim. “Esqueceu isso ontem no ônibus”. Eu ia começar a agradecer sem parar, então ela me mostrou o anúncio no jornal. O meu anúncio. Riu mais um pouco e completou “Não está só sujo e rabiscado, tem uns desenhos e umas observações bem interessantes ai dentro”.

Eu estava perplexo. Quase boquiaberto. Eu não conseguia me concentrar olhando para ela. E não conseguia conceber que ela tenha lido o conteúdo de dentro do meu caderninho (graças a Deus, não escrevi nada sobre ela lá dentro). Tão extasiado, tão nervoso, que só consegui balbuciar um “obrigado” débil, enquanto a porta do ônibus se fechava e ele sumia na esquina. Deixando-me para trás, com a caderneta azul na mão.

Senti como se tivesse levado um soco. No completo vácuo. Olhei para a caderneta. Sim ela era real. Senti o sangue subia até minha cabeça, em um estopim de adrenalina. Agora já não sentia mais frio. Comecei a correr o mais rápido que pude. Desviava dos transeuntes, preocupado em não trombar com ninguém, mas mais preocupado em chegar ao próximo ponto. Saltei as deformidades da calçada. Agradeci aos céus por não ter chovido, caso contrario, já teria quebrado todos os meus dentes na calçada. Podia até sentir o gosto da pedra na minha boca. Mordi os lábios, protegendo os dentes, mesmo sem necessidade.

Cortei caminho por becos, praças e até mesmo por canteiros de flores. Cheguei ofegante ao ponto. Esperei, arfando, o ônibus. Parado porem, ainda mais nervoso! O coração pulando para fora da caixa do peito. O ônibus tinha que chegar. Era crucial. Essencial. Eu não ia perdê-la. Não novamente. Tinha que falar com ela. Uma ultima vez.

sábado, 20 de agosto de 2011

3- caderninho azul

Ela olhou pra mim de novo, eu não parei de olhar. Ela sorriu, eu sorri. “Dia treze” ela disse. Eu não sabia o que falar, porque tinha medo de parecer idiota. Eu concordei com a cabeça. Senti que não era o suficiente “é... acredita em azar?” completei medindo bem minhas palavras. “Não...” ela respondeu “só em sorte”. Um silêncio nos seguiu. Eu gostava do silêncio porque eu podia olhar pra ela, mais não gostava porque eu queria escutar a voz dela. E me sentia importante quando ela olhava pra mim. Ia tentar algo arriscado. Algo que excedia todas as minhas expectativas. Um salto mortal em um precipício infinitamente profundo. “Você me passaria seu telefone, por favor?”. Não esperava que ela passasse o telefone dela realmente. E mesmo que sim, eu não ia ligar pra ela, não costumo usar telefones. Não muito. O fato era que eu tentava puxar assunto, e subir um degrau do nível do nosso relacionamento para talvez o início de uma amizade, mais isso era chutar alto. Ela me passou um número de telefone. Que eu anotei com as mãos débeis devido ao movimento do ônibus em minha caderneta azul. Meio preocupado com os pães, meio preocupado com minhas anotações. Infelizmente, o ônibus se aproximava do ponto, e eu sentia meu coração esmilinguir. Era um adeus. Desci do ônibus. Olhei ele sumir na esquina, lá dentro ia embora a coisa mais linda que eu vi na vida. Era como se fosse um sonho. Como se nada na via pudesse ser tão bom quanto escutar a voz dela, e vê-la nos olhos.

Mas graças aos céus, eu tinha uma coisa. Uma coisa que era a prova de sua existência. Uma coisa para me lembrar, nesse gélido inverno, que ela sorriu para mim. Apalpei meu bolso em busca de minha caderneta. Não estava em meu bolso direito, naturalmente, eu sou destro. Troquei os pães de mão. Apalpei o bolso esquerdo. Também não estava lá! Me desesperei. Quase joguei os pães no chão para enfiar as duas mãos nos bolsos. Eu sentei no chão, deixei os pães bem protegidos e procurei em cada bolso interno, em cada fundo de meia, até mesmo dentro da cueca. Não estava em lugar nem um. Eu esqueci no ônibus. Perdida, agora sim, para sempre.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

2- No ponto do onibus

Andei mais uma ou duas quadras, protegido de qualquer desventura pela mágica do dia 13. Parei no ponto de ônibus. Aquele lugar meio cálido, meio sujo e meio desconfortável. Menos quando chove o que acontece com certa freqüência. Daí o ponto de ônibus se torna confortável. Quando eu cheguei no ponto de ônibus, ninguém que estava lá olhou para mim. O que era legal, porque eu podia olhar elas sem medo de quem me notassem. Deviam ter umas quatro pessoas lá. Dei uma olhada por cima, porem, meu olhar se estagnou em uma pessoa só. Nela.

Era uma garota. Muito bonita, devia ter seus dezessete anos de idade. Ela chamava atenção, era como se ela iluminasse o canto do ponto em que ela estava escorada. Ela olhou pra mim, e ela tinha olhos lindos, coloridos, com jeito de gato. Mais eu não podia olhar para eles por muito tempo. Não queria que ela se assustasse comigo. Mudei a direção do olhar, disfarçadamente. Olhei para a esquina. Meu ônibus já estava chegando. Mais alguma outra pessoa chamou ele. Não notei quem, não queria virar meu pescoço para aquele lado, para não me prender novamente nela. Seria melhor assim, se eu nunca mais a visse na vida, para não me acostumar com esse tipo de beleza, que eu não ia conseguir encontrar em lugar nem um. Mais eu estou sendo exagerado não estou?

Entrei no ônibus meio empurrado, evitando para não empurrar quem viesse na minha frente. Enfiei as mãos no bolso, pegando as moedas que me restavam. “Faltam dois” disse a cobradora. Eu gelei. Não tinha dinheiro para o ônibus. Dois! Sempre dois! Se três é um numero da sorte, dois é um numero do azar. Já estava pronto para sair do ônibus quando uma mão pequena e delicada colocou duas moedas na mão da cobradora, segui o braço que passava por trás de mim e encontrei os olhos novamente. Passei, meio de costas, pela catraca, enquanto ela pagava a própria passagem. “Muito obrigado” eu disse. “Muito obrigado mesmo”. Ela sorriu. Agora não tinha mais jeito, eu estava apaixonado. “Não foi nada” Ela respondeu, com a voz meio baixa, quase rouca. Linda. “Não, sério, muito obrigada” eu repeti, por uma última vez.

Eu sentei, rápido, em um banco que estava vazio, ela sentou do outro lado do corredor, paralela a mim. Eu olhei para ela novamente. Estava usando uma boina portuguesa amarela. Os cabelos, castanhos escuro, Chanel. Uma jaquetinha preta. Por baixo, um vestido de crochê cinzento. Meia calça escura e os impecáveis sapatinhos de boneca. Ela parecia mesmo uma boneca. Com a pele tão branca, olhos brilhantes com os cílios negros e compridos. Eu não queria ficar encarando. Mais não conseguia. Simplesmente não conseguia. Não podia desviar os olhos dela. Sobre tudo dos olhos dela.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

1- dia 13

Terça feira, 13 de junho de 1993. Mais especificamente, anteontem. Andava nas ruas, meio displicente.Deviam ser umas oito da manhã, estava todo mundo, aparentemente, acordado, manos eu, e ninguém parecia notar isso, o que é muito natural, uma vez que não é comum que as pessoas apressadas do centro notem nas outras, em mim, muito menos. O fato era que eu andava em pleno centro da cidade exatamente como avia acordado há poucos minutos. Poucos mesmo,cinco no maximo, mais em fim. Tinha o cabelo despenteado e a barba por fazer. As roupas grudavam no meu corpo, meladas, do suor noturno. Eu não uso pijama para dormir. Durmo de casaco, pois meu apartamento encana vento, é mais frio do que na rua.

Uso uma regata (não sei bem dizer a cor) uma blusa de lã grossa, e um casaco de lona, que vai até meus joelhos, demasiadamente comprido nas mangas, semelhante há uma capa de chuva, tirando que é um tanto permeável. Um tanto ,diga-se muito. Uso jeans surrados, botas com a sola quase soltando, compridas, luvas de dedo esfarrapadas, e um cachecol. As vezes uma boina, que eu ganhei, ainda moleque, do meu pai.

Olhei meu reflexo na vitrine de uma loja se sapatos. Como tenho cabelos e olhos escuros não consegui vê-los com muita nitidez, mais mesmo assim, consegui tirar a sujeira matinal dos meus olhos. Alguém de dentro da loja me olhou, por de dentro da vitrine. E eu saí, constrangido, meio correndo, para longe dali. Mais exatamente, até a padaria. Quando entrei no estabelecimento, já me dirigi a fila do pão amanhecido. Não me importo em comer o pão duro, pelo contrario, quando como, penso que impedi que a comida fosse jogada fora. Pego o pão quentinho, naqueles sacos de papelão, ele fica mais quietinho da segunda vez que sai do forno. Infelizmente minha intimidade com o pão é cruelmente cortada pelo olhar gélido da balconista. Mais gélido que a rua, ainda mais gélido que o meu apartamento. “Já ta na hora de pagar o que você deve em? Já fazem quase três semanas...” Antes eu ela termine, eu enfio a mão nos bolsos e tiro uma porção de moedas lá de dentro. Começo a contá-las. Mais eu me perco já na terceira moeda. Sou péssimo em matemática. Talvez por isso nunca encontre um emprego descente. Ou por isso não pare em nem um deles. “Quanto eu devo mesmo?” pergunto para encobrir minha aparente confusão. Ela suspira, impaciente, “Cinco” eu entrego metade das moedas. Ela conta, e por um segundo eu achei que ela fosse cuspir na minha cara “ainda faltam dois.” Ela fala ríspida. “ Eu pago amanha, ou depois, eu prometo” Digo, com toda a sinceridade do meu coração, apesar de não ser convincente. Eu pego a minha cadernetinha, que Ra para ser de endereços mais eu não uso pra isso. Uso pra tudo, menos isso. Anotei lá; Dois reais para a padaria da esquina. Procurei um canto para por a data. Mais não sabia que dia era hoje. Levantei os olhos para perguntar para a balconista, mais derrepente, me senti meio desconfortável para isso, meio inseguro. Engoli em seco e perguntei “Que dia é hoje?” ela me apontou um pequeno calendário de papel. Dia 13. Sorri e anotei em minha cadernetinha azul.

Dia ao contrario das outras pessoas é meu dia de sorte, brincadeiras a parte, deve ser porque todos os outros dias são dias do azar para mim. Não sou lá dos mais sortudos.

domingo, 7 de agosto de 2011

Perola do Jô;

Segunda guerra mundial;

Toda criança que nascia morta era sacrificada

domingo, 31 de julho de 2011

RAIVA!

Hoje a durante a tarde
Eu tive uma raiva
Que até agora arde
Como álcool em carne viva
E consegui a controlar
Franzindo o cenho
E prendendo o ar
Mais ainda a tenho
Porque você me irrita tanto?
Com toda essa sua ignorância
E é a própria, no entanto
Que te dá inocência
E me da peso na consciência
Com vergonha eu te peço
Que alivie esse peso
Você merecendo ou não
Eu te peço por perdão

Porra, mais que merda!

Queria controlar meus sentimentos melhor. Ficar com raiva me dá raiva.

Que ódio!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Receita da despedida

Como preparar:

Deixe o casal de molho em tristeza por uma hora
Acrescente o sal de mesa, sem muita demora
Recolha as lagrimas e salpique com pesar
Sempre se lembre: ou é destino ou é azar
Misture com uma pá de promessas
feitas todas as pressas
o casal não pode estar de pê com a vida
use as lagrimas pra regar o beijo de despedida
não despeje demais ou pode azedar a receita
para ajudar, lembre-se de que está quase feita
nessa hora o preparo pode ser tenso
para controlar as lagrimas; use um lenço
Acene de longe até o ultimo segundo
fique a espera até que o ônibus suma no mundo

Dica do chef:
Essa receita só vinga
com uma boa dose de pinga

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Queria poder

sinto que devia fazer mais
você merece o melhor
não posso com nossos pais
e isso já sabemos de cor

mais se isto é inevitável
queria poder, ao menos
ter algo mais palpável
para ler quando não nos vermos

Queria a poesia perfeita
mais infelizmente não posso
pois ela nunca será feita
muito menos no tempo nosso

então se contente com os versos
que te digo, humilde, envergonhada
e vários e vários terços
que vou rezar até a sua chegada

E ignore por favor
toda a mesquinhes e mal-humor
e as lagrimas que vou derramar
até a sua partida chegar

queria poder sorrir
sem parar, o tempo todo
para que até você partir
aproveitar de todo modo

mais eu não consigo
o pensamento que consolo em vão
que você é meu único amigo
me enche de tristeza e solidão

Queria ter um ninho
secreto, só para nos dois
para nos enchermos de carinho
para sempre e depois

quando digo seu nome
queria que chegasse ao seu ouvido
sem depender do telefone
pra te beijar na face, querido

mais eu não posso
no momento, o jeito
é te curtir de carne e osso
e manter sempre o respeito

porque o futuro
ninguém conhece
vai que você pula o muro?
vai que você me esquece?

queria poder te acorrentar a mim
mais não posso, infelizmente
mais estarei sempre assim:
com você em mente

eu só posso no final
nem de bem, nem de mal
dizer que te amo mais que tudo no mundo
e que te amo mais a cada segundo

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Olá

E sei que não tem ninguem lendo essa m* mais em fim...
To no escritorio do Zé, estufada de cerveja e salmão... Meio preocupada com meu namorado que ta viajando e não responde as2 msgs que eu enviei pra ele... E com vontade de ver a duda

E com medo que essas férias sejam uma merda.

Em fim, logo logo eu escrevo um poema pra vocês.

Valew aê.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Joguinho foda


Pela primeira vez em muito tempo curti um jogo de vestir bonecas. Essas bonecas são fodas XD

http://www.meninasdejogos.com.br/elfo-urbano.html

Bom Proveito!

El viejo bosque

El viejo roble, siempre tan solo
Com sus hojas rojas i sus ramas castanãs
Proteje sus raíces en el suelo
Lleno de telaranãs

Y en el azul cielo
Vuelan pollias y mariposas
Con alas blancas como el hielo
Mira como son hermosas

Son como hadas, mira-los
Que la flor es una cuna
Que la chica cuenta sus petalos
Y arrancalos una a una

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Past the point of no return No going back now Our passion-play has now at last begun.

Não tenho mais sonhos
que não tenham o seu rosto
os que tenho são medonhos;
um futuro não nitido: fosco

Mais admito que a melhor parte
é quando estou acordada
é ai que fas-se toda a arte
onde vive o dragão e a fada

quando estou de pé
olhos abertos e atentos
quando eu mais tenho fé
e nossão dos meus atos

pois foi totalmente conciente
que me entreguei pra essa paixão
uma agonia que meu peito sente
E e nem sei direito a razão

Deichei me envolver
em uma chama ardente
é dificil de ver
Como é profundo o que há com agente

É quando estamos juntos
olho no olho, lado ha lado
quando horas viram segundos
eu sou toda sua, meu amado

Olho sem medo para frente
a loucura que esta por vir
cada vez mais quente
o fogo que vai nos consumir
e desintegrar-nos na chama ardente

Não tem como voltar atraz
você sabe, não sabe?
se esse futuro não lhe apraz
não cabe a mim dizer, cabe?

Vai ser assim:
acima de certo ou errado
eu pra você, você pra mim
na sua chama tambem ardo

Essa chama vai nos consumir
arder, doer, defumar
só que não vai sumir
nunca vai se apagar

só ficara escuro e gelado
quando estivermos no buraco mais profundo
enterrados lado há lado
quando ambos sairmos deste mundo

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Elfos Urbanos


Ta aqui um rabisco meu da historia da minha grande amiga Duda. Não passa de um mero rabisco, mais eu não pude evitar de faze-lo. Esses carinhas ai ficam na cabeça!

Valew pela atenção ai galerê!

Uma frase de Dostoievski

Todos somos responsáveis de tudo, perante todos.

domingo, 22 de maio de 2011

Eu posso ser surpreendente mente boa pra você

Sei que as vezes o meu jeito
pode até impor certo respeito
e também compreendo
que da mesma forma que prendo
eu irrito, dregaço e chateio
transformo o que era belo em feio
E gero tristeza
só pela beleza
que enxergo nela
tal qual um quadro em aquarela

Mais por favor
jamais, meu amor,
me leve a mal
Eu não sou assim tão fatal
é o que e diferencia de um animal

Entenda, meu querido
Eu nunca te deixaria ferido
eu preso mais é pela cura
por mais que pareça loucura

eu posso até desampara-lo
mais entenda, meu principe,
que deis de o principio meu desejo
sempre foi passar alegria
Nem gripe
Nem veneno no meu beijo
e eu sei que ele gera alergia

É inevitável meu amor
já tentei te avisar
que todo esse meu calor
aparece de tanto eu rezar
pra me minhas carícias
não te tirem o ar
e você acabe sufocado em minhas malícias

Nunca quis fazer o mal
Entenda, meu amor,
que esse é o meu normal
Eu gero muita dor

Eu entendo perfeitamente
que não sou a melhor amante
mais não me vem mais ninguém em mente
nem agora ou em outro estante
que te faça tão bem como eu
como uma vela acesa no breu

E me perdoe meu lindo
que eu sei se seguir
do jeito que estou indo
eu posso até fazer surgir
Algo doentio
E eu não quero que você entre nesse meu mundo
Em que fazemos os extremos só para que se tornem normais

Eu vou te fazer muito mal ainda, meu bem
mais entenda logo
nesse mundo não tem mais ninguém
que vá por tanto fogo
em um amor que parece apagado

Estou falando de um conto de fadas
estou falado de uma vida vivida de uma vez só
estou falando de duas almas entrelaçadas
que em três segundos vão virar pó

Entenda meu amor
Eu posso te fazer surpreendentemene bem
Eu não entrei na sua vida
para deixa-la ferida
mais sim para incrementa-la também

Você gosta do que vê?
Gosta do que escuta?
Gosta do que sente?
ok, pode me chamar de puta
mais não tenho mais ningem em mente

Eu posso ser surpreendente mente boa pra você
mais pra isso
escute meu aviso
para nunca me perder

Eu sei que eu posso ate te machucar
mais aguente o meu sadomismo
voce é terra ceu e mar
e já esta aqui mesmo

Eu só quero ser boa pra você
Então entenda quando eu te machuco
que é para o seu bem
e para o meu tambem

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Grils Generation


Kim TaeYeon com o nome artístico de TaeYeon, é a líder do grupo. Nasceu no dia 9 de Março de 1989. Foi descoberta pela SM em 2004.
Jessica Jessica Jung Soo Yeon nasceu no dia 18 de Abril de 1989 em São Francisco, na Califórnia. Conhecida como "Ice Princess", é dorminhoca, e sabe falar inglês fluentemente.
Sunny
Lee Sun Kyu é vocal de suporte do grupo. Nascida em 15 de Maio de 1989.
Tiffany Stephanie Hwang (스테파니황) A outra americana do grupo, nascida em 1 de Agosto de 1989 na Califórnia.
HyoYeon Kim HyoYeon (김효연) nasceu no dia 22 de Setembro de 1989. Ex-dançarina da cantora coreana BoA, é muito conhecida por suas habilidades incríveis na dança, sendo a principal dançarina do grupo, e tendo como apelido "Dancing Queen". Em 2004, foi para Beijing aperfeiçoar seu chinês.
YuRi Kwon YuRi (권유리) Vocal de suporte e Dançarina guia, nasceu no dia 5 de Dezembro de 1989.
SooYoung Choi SooYoung (최수영) nasceu no dia 10 de Fevereiro de 1990. Antes de debutar no Girls' Generation, ela participou da banda japonesa Route 0, em 2002.
YoonA Im YoonA (임윤아) é modelo, atriz, cantora e dançarina. É muito famosa e conhecida em toda a Coréia, e a membro favorita da maioria dos fãs da ásia. Nasceu no dia 30 de Maio de 1990, já fez inúmeras propagandas e costuma ganhar muito destaque no grupo.
SeoHyun Seo Joo Hyun (서주현)é a maknae (membro mais novo) do grupo. Nasceu em 28 de Junho de 1991. Antes de debutar, se tornou modelo e fotografou com TVXQ em 2004. Toca muito bem Piano e tem medo de garotos, acha que a maioria deles são estúpidos.
Já faz um certo tempo que eu escuto ( duas musicas) do grupo Grils Generation. Eu acho legal, porque eu me sinto consolada por ser uma tábua magricela, e elas são bem magrinhas e sem muitas curvas e mesmo assim são tão sexy! Perdoem a falta de sutileza mais fazer o que... Falando em sutileza, ta ai outra coisa que Grils generation fazem muito bem. Tipo; quem mais consegue colocar tanto apelo sexual em um clipe e disfarçar ele tão bem? A musica fala sobre não ser inocente e elas dançam usando shortinhos minúsculos e eu não consigo sentir raiva delas. Porque eu não sinto raiva delas!?
Bem, agora vocês se perguntam: Porque raios você esta contando isso para a gente?
Oh, well, acho que é por causa do choque que eu tive quando descobri que elas tem tipo assim uns VINTE E CINCO ANOS! Malditas diabólicas! Como elas conseguem? Como elas conseguem, meu pai do céu, serem tão joviais? Elas parecem mais novas que eu! Nem venha me dizer que é photoshop porque elas já se apresentaram ao vivo e francamente, nem toda a maquiagem do mundo pode esconder uma perna molenga ou um peito caido.






Mais não deixa de ser meio ridiculo o fato delas agirem como se ainda tivessem 12

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Oh oh oh.. I love little boys they make me feel so good

" Uma homenagem a todos os garotos baixinhos que vivem passando pela minha vida (ou, eu sem querer, passo pela deles)"


I love little boys they make me feel so good
I love little boys they make me feel so bad
When they're around they make me feel
Like I'm the only Girl in town
I love little boys they make me feel so good

They don't care if I'm a one way mirror
They're not frightened by my cold exterior

They don't ask me questions
They don't want to scold me
They don't look for answers
They just want to kiss me
Isn't this fun
Isn't this what life's all about
Isn't this a dream come true
Isn't this a nightmare too



They don't care about my inclinations
They're not frightened by my revelations

Uh oh take a second take
Uh oh it's a mistake
Uh oh I'm in trouble
Uh oh the little boy was just to little
Too little, too little, too little
Isn't this what life's all about
Isn't this a dream come true
Isn't this a nightmare too . . .

And I don't care what people say
And I don't care what people think
And I don't care how we look walking down the street

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fonte de sanidade

Passo noite e dia

Sendo atormentada

Por coisas que já conhecia

Mais não posso fazer nada



Tudo isso se muda

Quando eu te vejo

Minha razão fica muda

E eu viro só desejo



Sua voz é a mais alta

Minha fonte de sanidade

Coisa que eu sinto falta

Deis de a maternidade



Me sinto meio deficiente

Que eu com a minha idade

Sou totalmente dependente

Tenho essa necessidade

Sem nem um norte permanente



Você vai me ajudar não vai?

Me dar um pouco de luz

Minha razão só se esvai

À medida que me seduz



Vamos fazer uma troca?

Eu te dou minha insanidade

Para que eu não seja mais louca

E você me da sua sanidade

E um beijo na boca.

terça-feira, 5 de abril de 2011

16:16

Hoje queridos leitores farei um post sobre estar apaixonado - sim, farei mais um dos meus velhos textos falando coisas sem a menor noção ou autoridade no assunto e vou usar diversas palavras chulas... Ou será que não?
A primeira coisa que tenho a dizer (não sobre amor, sobre paixão. Amor por amor é capaz de se amar um cachorro, um grande amigo, uma comida ou até mesmo uma sensação) é que ela é diferente do amor. Hehehe mais isso eu já disse antes *tururum tum pá*
A segunda coisa há ser dita sobre a paixão, é que ela nos impossibilita de agir normalmente. Ela faz com que ficamos muito distraídos, pensando nesse alguem especial, em como ele se encaixa tão bem na sua vida (ainda que vocês não estejam juntos), olhando para o relógio e para o celular o tempo todo, vendo quanto tempo falta para você falar com ele, ou quem sabe se ele te enviou uma mensagem. Você lembra o tempo todo de situações que vocês já passaram juntos, ou fica fantasiando coisas pela qual quer que passem. Lembra de cada traço de sua fisionomia, de seu estilo, de sua personalidade.No final das contas, você não faz mais porra nem uma na sua vida além de ficar sentada olhando para o teto divagando enquanto suas notas e seu corpo vão para o vinagre junto da sua vida pessoal.
A terceira coisa a se dizer sobre a paixão, é que ela faz com que qualquer simples porcaria seja elevada a nível histórico mundial."Ele piscou pra mim! Meu Deus eu sou demais!" "OH MEU DEUS uma mensagem de SMS! Ele me enviou! Finalmente! Ele pensa em mim!" "oh não, OH não!! Ele me ofereceu chicletes! Eu estou com mau hálito? Que vergonha! Eu sou muito porca mesmo. Não me admira que ele nunca mais queira me ver na vida"
A quarta coisa sobre a paixão, é que ela é sim idiota na verdade. Mais não pelo fato de idolatrarmos uma pessoa, porque na verdade essa é a parte respeitável da paixão. A parte idiota é todo o masoquismo e humilhação que todo mundo exige nessas situações. Um exemplo clássico, postando textos idiotas em seu blogg que tentam falar alguma coisa sobre paixão para os leitores que na verdade já sabem de tudo isso.
E a quinta e mais importante coisa sobre a paixão é que ela é passageira. Não, Deuses não existem, sim ele te defeitos. Não, aquilo não era uma declaração de amor, ele só queria comprar um sapato igual para a irmã. Isso na verdade é bom, porque se não a paixão seria uma doença terminal, que destruiria nossas vidas e todo o resto da nossa pouca dignidade aos poucos. Mais também, pode ter certeza que sentirá saudades daquele tempo em que andava cantarolando e saltitando por ai, e como era boa a sensação de olhar para a lua e lembrar que ele estava debaixo daquela mesma lua em algum lugar, com aqueles lindos ombros largos e aquele cabelo revolto, provavelmente pensando em qualquer coisa além de você.
AH e antes que eu me esqueça! A paixão tem um incrível poder de fazer com que os numero do relógio se repitam( 19:19, 12:12, 23:23 por ai vai), você pode encarar isso como um desejo em potencial, ou como um aviso que tem alguem pensando em você, e você torce para que seja ele. Também foi dai que eu tirei a inspiração para esse texto, olhei para o relógio e era 16:16. Tomara que fosse ele pensando em mim, porque se fosse um desejo, eu não pretendo revelar ele para vocês!
Mais vocês conseguem imaginar não é? Não? Ora, é só pensar na coisa mais besta e visivelmente tosca do mundo. Tá ai. Adivinhou?

Muito obrigado pela atenção e boa semana caros leitores

sábado, 2 de abril de 2011

Outro poema para aquecer

Sinceramente, meu amor
Eu te amo como pessoa
Tanto quanto um cochilo ou uma tarde atoa

Amo outros também
Só quero te ver feliz
Você nunca foi nem será o que eu sempre quis

Se for para ser dolor
Era pra ser numa boa.
Quem tá na chuva se molha mais não na garoa

Não se assuste ó meu amor
Eu prefiro que acabe agora
Pois ia acabar mesmo alguma hora

Meu amor não quero mais
Nem um de teus beijos
nada mais me satisfaz
Não quero saber dos teus desejos
Teus cortejos
Para mim já tento faz

Voltando a escrever, novamente

Hoje eu acordei com uma vontade desgraçada
Uma vontade esquisita
De matar alguem

Coisa que eu achei meio engraçada
Uma coisa estranha
porque nunca matei ninguem

Seguiu o dia e eu pê da vida
Foi até a ferroviária comprar uma passagem para a morte
mais só tinha de ida
na hora me pareceu azar mais agora vejo que foi sorte

Porque mais tarde naquele dia você me apareceu
isso me animou, me deixou mais forte
foi o melhor que me aconteceu.

terça-feira, 15 de março de 2011

Cometario rapido

Sim, eu passei o poema no Google tradutor

Não, eu não sei falar Frances

Não entendo nada de poemas de amor

Mais faço eles para vocês

sexta-feira, 4 de março de 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cançoes piratas

Oi pessoal!

Já deu pra notar que eu ando meio sem inspiração para poesia, e o motivo é peculiarmente simples. A minha vida não tem mais poesia. Ponto final. Boa ela é claro, mais não tem mais poesia nem uma.

Minha alma artística tornou-se oca, vazia, sem vida. Portanto, se contentem com minhas palavras do passado, que agora nem parecem que são minhas.

“Adeus homem gentil

Você me amou, o que foi bom para mim

Mais minha paixão é o azul anil

Meu amor é a imensidão do mar sem fim”

Essa ai de cima eu fiz para a minha historia "yoho-ho" ela canta isso alguns anos depois da canção

mon petit serin

Vocês não leram não é? Sabia que não... Só a Alice leu :< seus maus. To zoado pessoal eu sei que posso ser bem monótona de vez em quando. Bem... Quando eu achar um poema velho novo eu mostro para vocês.

Bom inicio de aulas