terça-feira, 23 de outubro de 2012

O velho e o mar

Ele tem sono e sede
rodeia a redonda rede
e a água ao seu redor
Não se pesca sem dor
muito menos sem suor
Não seria a maior
lagrima o mar?

"Pesca- Dor"

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ensaio sobre a mulher


Comentário: Escrevi esse texto para me distrair, a brincadeira foi escrever um texto que possa ser lido tanto na 1° pessoa quanto na 3°. Não é nem uma critica nem um desabafo, apenas uma diarreia mental para exercitar um pouquinho a minha prosa que anda meio enferrujada. Espero que goste!

Mulheres (é claro) só vivem envoltas por antônimos.
Ele era um amigo sincero, o que em parte era ruim, pois quando queria um elogio apenas pelo prazer de ser apreciada nunca o tinha, por outro lado, quando recebia algum poderia crê-lo  sem muita preocupação. A falsidade, é claro, se fazia presente como em qualquer relação humana, mas em proporções confortáveis, para não dizer saudáveis.
Queria ser adorada, no seu intimo, sentia deleite com a ideia de ser admirada ou com a memória de um rosto claramente tomado pelo fascínio, ao mesmo tempo em que tinha uma propensão a sentir repulsa de quem admira cegamente pois, mascarado por uma falsa coragem baseada em uma confiança sem justificativa certa, era na realidade o medo de conhecer a pessoa e admitir que ela não está nem perto da perfeição, sem saber se teme o fato dela ainda sim ser melhor que você ou pela simples desilusão de nunca conhecer a pessoa certa.
O fato é que não fazia ideia se queria ser amada por ele ou não. Se ele realmente amava era outra história. Queria ser livre para trata-lo como bem estendesse sem ter medo de machuca-lo, além do mais atração era uma palavra ainda muito forte para explicar o que sentia por ele, que não era nada mais que uma simpatia. Por outro lado, não seria capas de trata-lo de forma alguma se não tivesse um vinculo especial que o ligasse de forma permanente, para que nem ofensas e nem o marasmo o levasse para longe. Sem preocupações sobre o que ele pensava apenas de forma superficial o que ele sentia.
Nem um desses pensamentos era uma angustia. Era apenas o que a vida parada proporcionava. A vida parada, isso sim era uma angustia.