terça-feira, 29 de maio de 2012

Ana Aléxia

Ana Aléxia se olha no espelho
Com a mão tira um fio de poeira
nos olhos as lagrimas e o vermelho
na face uma esquálida caveira

Invejando as mulheres belas
sua imagem era pura agonia
não era preciso radiografia
para ver suas costelas

Seu formato não seguia normas
em suas mão estranhas formas;
O que era um indicador
o que era um polegar?
Dedos finos sem pudor
afinando sem cessar

De longe pareciam dois palitos
Seus braços e pernas esquálidos
Ana Aléxia, em osso e coro
Como um palito de fosforo
estalando em brasas
Imagem sombria que escorraça
que ao queimar torna-se preto
subiu aos céus com suas asas
Deixando no mundo sua carcaça
Em formato de esqueleto

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